Você tem memória fotográfica? Seu filho tem?
Será que ter memória fotográfica e memorizar informações é o suficiente para que ele ingresse na faculdade bem antes da idade normal?
Falo isso com base no menino mexicano Maximiliano que com apenas 6 anos, seus pais querem que ele ingresse na Faculdade de Medicina.
O menino ao ser entrevistado disse querer fazer Medicina para cuidar das pessoas. Isso é o que diz toda criança que tem por objetivo (pelo menos naquele momento) seguir esta profissão.
Insistir para que ele curse Ciências Médicas aos 6 anos fará dele uma celebridade, porém quando ele estiver com 26 anos, sua fama não existirá mais (pelo menos levando em conta o cursar a Faculdade aos 6 anos) e ele se nivelará aos outros profissionais. A maior diferença entre ele e os outros profissionais é de que ele não teve infância.
Imagine esta criança dissecando cadáveres, estudando órgãos internos, as causas das doenças e tantos outros focos, tudo em razão de ele ter memória fotográfica.
Será que ele não gosta de brincar de correr, de andar de bicicleta, de brincar na areia, na água como qualquer criança de sua idade?
Será que o fato de ele ter memória fotográfica o faz com que deixe de gostar das coisas que as crianças gostam? Será que seus pais têm o direito de privá-lo do direito de ser criança?
Será que esta pressão realizada pelos pais está mais para o foco de se tornar “celebridade” do que em prol da felicidade do filho?
Faço esta pergunta em razão de outro caso, o do menino Falcon também de seis anos, que foi acompanhado pelos telespectadores dos Estados Unidos, por se supor que ele estivesse dentro de um balão desgove rnado, quando na verdade estava escondido no sótão em sua casa, como uma grande estratégia, dos pais, para se tornarem famosos.
Até que ponto a corrida pela fama está comprometendo o desenvolvimento das crianças?
Que resultados estes comportamentos influenciarão na construção da identidade das crianças?
Estas são perguntas que deixo para que sejam refletidas e comentadas.